0657. É bom viver no Burgo!(Poemas ao Acaso!)

Ó Coelho cala a boca
Não ponhas a câmara louca
Não te estiques, não te afoites!
És um menino mimado
Não tarda estás enfardado
Com meia dúzia de açoites!

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É altura de ires embora
Já chegou a tua hora
Vai de frosques, dá à sola!
Quem te avisa amigo é
Se não fores pelo teu pé
Vais sair de padiola!

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Tem vergonha faz-te gente
Faz as malas vai em frente
Vai de carro ou de avião!
Vai sem olhar para trás
Vai de retro Satanás
Vai-te embora paspalhão!

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Embora que não pareça
Tu não estás bom da cabeça
E até para te ser franco!
Será do whisky ou das lascas?
Das tabernas ou das tascas?
Será do tinto ou do branco?

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Vê lá se pias fininho
Bate a bola bem baixinho
C´o guarda-redes é anão!
Se o Lídio te faz a folha
Ainda levas uma solha
Que só páras no Irão!

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Por mais que a gente corra
Amigos, não há pachorra
Prá aturar quem nos ofenda!
Se a ninguém fizemos mal
Mas porque é que o Pai Natal
Nos mandou esta encomenda?

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Porque julgas que és alguém
Já não respeitas ninguém
Tens o chassi todo torto!
Mas sabes o que é que eu acho?
Se perdes este tacho
Não tens onde cair morto!

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Na língua só tens veneno
És assim desde pequeno
Será defeito ou feitio?
Será dos pastéis de nata?
Será de alguma barata?
Ou será que andas com o cio?

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Lembrei-me agora, não saias
Aguenta-te, não caias
Vais para a praia, é bestial!
Como o transporte faz falta
Vais a lombar com a malta
Prá atravessar o areal!

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Se não tiveres clientes
Tem calma e serra os dentes
E foge dos paparrazis!
Digo ao Santana que choras
E vais fazer umas horas
Para porteiro do Oásis!

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E se o Oásis fechar
Como é de calcular
Tem calma, não faz mal!
Dizes que és o Topo Giggio!
A gente fala com o Aprígio
Vais prá roupeiro da Naval!

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by Peter-Silgo