
"Auto de fé" - Manuela Amaral
Não me arrependo dos amores que tive
dos corpos de mulher por quem passei
a todos fui fiel
a todos eu amei
Não me arrependo dos dias e das noites
em que o meu corpo herói ganhou batalhas
A um palmo do umbigo eu fui primeira
a divina
a deusa
a verdadeira mulher – sem rival.
Amei tantas mulheres de que nem sei o nome
eu só me lembro apenas
de abraços
de pernas
de beijos
e orgasmos
E no amor que dei
e no Amor que tive
eu fui toda mulher – fui vertical
Eu fui mulher em espanto
fui mulher em espasmo
fui o canto proibido e solitário
Só tenho um itinerário: Amor-Mulher.
2 comentários:
dedico, a uma MULHER tremenda, que algures, por aí, a tenho visto e que nem nota que eu existo.
talvez...quem sabe...um dia...
ai, ai, Paulito... imagina tu o que seria nós os dois entre estas duas malucas!! Que ramboia!
Enviar um comentário