quinta-feira, 29 de junho de 2006

# 1256. PARA QUEM NÃO ENTENDEU O CÓDIGO DAVINCI

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1 comentário:

Anónimo disse...

NAVAL - Primeira baixa na Direcção

O coordenador da Policia Judiciária de Coimbra, Nuno Maurício, renunciou ontem ao cargo de vice-presidente para o qual foi eleito eleito no passado dia 22 de Junho.

O coordenador da Polícia Judiciária (PJ) solicitou autorização à hierarquia da instituição para assumir o cargo, alegando o facto desta ser uma posição sem funções remuneradas. Desta forma, e sustentando-se no parecer de dois juristas, não havia incompatibilidade de funções.
A hierarquia da instituição, primeiro, o director da PJ de Coimbra, Pedro Carmo, depois, e a Direcção Nacional opuseram-se ao pedido e comunicaram a Nuno Maurício a sua não autorização para o exercício dessas funções. Como tal, só restava a este quadro da PJ a apresentação da renúncia de funções, mesmo antes da tomada de posse.
Para além de Nuno Maurício, a lista de órgãos sociais da Naval, submetida a sufrágio no passado dia 22 de Junho, coloca no cargo de presidente da Mesa da Assembleia Geral o delegado do Ministério Público no Tribunal da Relação de Coimbra, Delfim Neves.
Contactado pelo DIÁRIO AS BEIRAS, Delfim Neves esclareceu que “não tem ainda na sua posse o acto de renúncia de Nuno Maurício”. Porém, o presidente da Mesa da Assembleia Geral navalista vai consultar os estatutos para ultrapassar a situação e, desta forma, promover o mais rapidamente possível a tomada de posse da Direcção recém-eleita, já que o clube não pode parar.
Questionado sobre a possível incompatibilidade para exercer o seu cargo, Delfim Neves esclareceu que já faz parte dos órgãos sociais do clube há alguns anos e que não está no seu horizonte “o abandono das funções que exerço, já que não prescindo do meu direito de cidadania”. “As funções que me são inerentes, enquanto presidente da Mesa da Assembleia Geral da Naval, são funções não executivas em termos de Direcção e gestão do clube, pelo que não vejo aí a existência de qualquer incompatibilidade com a minha situação profissional”, finalizou.

Aprígio Santos agastado
“Estou farto... só me apetece bater com a porta”. Foi desta forma que Aprígio Santos recebeu a reportagem do DIÁRIO AS BEIRAS. O presidente da Naval mostrou-se renitente em abordar a situação, face ao respeito que Nuno Maurício lhe merece e que, de forma alguma, merecia ver desta forma o seu nome nos jornais.
Aprígio Santos foi o proponente da lista submetida a sufrágio e aprovada na Assembleia Geral do passado dia 22. O líder do executivo navalista, em termos de desabafo, questionou as razões para esta situação. “Porque querem fazer tanto mal à Naval? A quem é que o clube tanto incomoda? Estou a ficar farto. Apetece-me bater com a porta”. E passou de inquirido a inquiridor: “Vocês, da comunicação social, sabem melhor do que ninguém que a Naval convocou uma Assembleia-Geral e sempre manifestei vontade de ver alguém substituir-me. Ninguém apresentou listas à Comissão Directiva. Para que o clube não ficasse sem rumo, propus uma lista com gente bastante conhecida e de conduta irrepreensível. Ainda não tomámos posse e é o que se está a ver”.
Num tom mais calmo, Aprígio esclareceu que ainda não falou pessoalmente com o visado. “Apenas conversámos por telefone. Mas vou tentar reunir ainda hoje [ontem] com todos os membros da lista para conversar. Não sei o que irá acontecer depois”, referiu.
Embora não se quisesse alongar em considerações, o presidente mostrou estar revoltado com a situação e com as insinuações de gente sem escrúpulos. “Acredito que anda gente a mais no futebol e no desporto. Procurei trazer à Direcção do meu clube um quadro cuja credibilidade e respeito não pode ser posta em causa”, sublinhou, para depois concluir: “A sua ligação afectiva com o clube vem de há muitos anos. O Dr. Nuno Maurício é figueirense, fez a sua formação desportiva na Naval, onde foi atleta. É uma personalidade que merece a consideração dos navalistas e sempre tem manifestado uma grande preocupação com a vivência do clube. A partir daqui, nada mais direi”.

Quem é Nuno Maurício

Nuno Ricardo Costa Maurício é um dos mais jovens coordenadores de investigação criminal da Directoria de Coimbra da Policia Judiciária e responsável pela área da criminalidade económica e financeira.
Mestrado em Direito, Nuno Maurício assumiu, até há pouco tempo, as funções de porta-voz da Directoria de Coimbra da PJ, acumulando as funções de coordenador do combate ao crime económico e do tráfico de droga, embora recentemente tenha abandonado o segundo cargo. Apontado como provável leccionador do Instituto Superior de Policia, Nuno Maurício tem tido a seu cargo algumas investigações consideradas “sensíveis”, tais como a detenção dos familiares do Juiz Artur Oliveira, em 2004, e mais recentemente as que envolvem o presidente da Académica, José Eduardo Simões, e as presumíveis ligações entre empreiteiros e a Câmara Municipal de Coimbra.