Tiago Lemos, jornalista freelance ao serviço dos jornais "O Jogo" e "Diário de Coimbra", foi ontem expulso das instalações da Naval 1º de Maio, em plena entrevista ao médio Gilmar, pelo secretário técnico do departamento de futebol e Vogal da Direcção do clube, João de Almeida.
O dirigente interrompeu o trabalho de quatro jornalistas, que entrevistavam Gilmar, e deu ordem de expulsão ao Tiago Lemos. Tudo porque os dirigentes navalistas não gostaram de uma crónica inserida no jornal "O Jogo", sobre o Naval - Beira-Mar, assinada pelo jornalista Rui Gomes [que por acaso foi um dos jornalistas em trabalho no Mundial de futebol na Alemanha].
A retaliação caiu em cima do Tiago só porque é o correspondente local d´"O Jogo". O insólito acontecimento deixou os jornalistas presentes [Aníbal José de Matos, Rogério Neves, Tiago Lemos e eu] boquiabertos. O que ali aconteceu foi um autêntico atentado à liberdade de Imprensa e de Expressão.
Deixo esta pergunta - levantada por um camarada meu - afinal de contas, que papel nos está reservado quando os dirigentes da Naval não gostarem das crónicas que os jornalistas fazem?
17 comentários:
Mas será que ningúem põe cobro á prepotência dessa gente?
Já não lhes basta usurparem o clube ainda por cima o sujeitam a estas atitudes mesquinhas.
Mas afinal que moral tem esse João Almeida para estar nesse clube por quem nunca fez nada a não ser servir-se dele
Caro amigo Tiago
Em primeiro lugar a minha solidariedade pelo triste acontecimento por que te obrigaram a passar. Na minha modesta opinião, chamar-lhe-ei um enxovalho. Amigo, estás em inicio de carreira, não te deixes vergar nem subjugar. Continua a trabalhar de uma forma vertical para mereceres o respeito de quem te conhece e de quem te lê. Os outros, sim, esses que te querem transformar em marionete, algum dia pagarão o que estão a fazer levando um pontapé no traseiro. Há exemplos bem recentes disso mesmo.
Ó Rogério, deixo aqui parte do comentário que fiz no blog "Meia-Bola e Força":
Um dia Carlos Sombrio fez a seguinte oratória: "A Associação Naval 1º de Maio é uma obra do povo, feita para o povo e para o povo".
CLARO QUE ESTES NAVALISTAS DE AGORA JAMAIS PODERÃO PERCEBER ESTAS PALAVRAS...
Caro Paulo, nem sequer sou adepto da Naval e muito menos do Jornal O Jogo, mas conheço o Sr. Rui Gomes e os artigos em questão e devo dizer que realmente o Tiago não tinha nada a ver com o episódio... mas os jornalistas na maioria parte das vezes confundem liberdade de informar e relatar o sucedido, com liberdade de informar o que lhes convém... FALA QUEM SABE! Abraço Márcio
Muito bem, Grande João de Alemeida.
Aléluia que alguem tem coragem de meter alguns jornalistas na linha.
Não faz mt parte do meu feitio participar neste tipo de comentários anonimamente, mas algumas circunstâncias q agora não vêm ao caso assim me obrigam.
Respondendo à pergunta: "Afinal de contas, que papel nos está reservado quando os dirigentes da Naval não gostarem das crónicas que os jornalistas fazem?"
É muito simples, os grandes clubes conseguem suportar as críticas positivas e negativas, enquanto q os clubes de vão de escada tentam 'comprar' as críticas positivas, como já tentaram comprar alguns jogadores de equipas adversárias na época passada.
Não é de estranhar este tipo de atitude, vindo de pessoas que não possuem qualquer formação ao nível desportivo ou administrativo e que mesmo assim ocupam esses lugares.
O papel dos jornalistas, seja qual for a pressão ou atitude navalista, é serem sempre o mais coerentes e verdadeiros possível.
Transparentes.
Se ficaram tão chocados com a atitude do dirigente da Naval, porque não o demonstraram abandonando vocês o local em sinal de solidariedade com um camarada de profissão, srs. Dâmaso e Rofério Neves???
O mal dos clubes, dos grandes aos pequenos, é que fazem black outs, expulsam jornalistas, cortam relações com jornais e televisões, e os colegas de profissão choram lágrimas de crocodilo mas continuam a rastejar atrás dos clubes, em vez de assumirem uma posição de força e fazerem o mesmo aos ditos clubes.
Penso que a atitude dos jornalistas foi a mais correcta. O direito á informação e o respeito pelos leitores deve ser defendido, logo não tinham de abandonar o que quer que fosse pois estavam a trabalhar. Depois denunciaram o ataque á liberdade de expressão.
Quanto a alguns comentários anteriores, direi: Santa Ignorância. Nem resposta merecem
Quem diz que o sr. João de Almeida nunca fez nada pela Naval a não ser servir-se dela, não sabe o que diz por não conhecer a realidade ou está de má fé para com o sr João de Almeida, que quer como atleta, quer como dirigente já deu muito de si, e por vezes em sacrifício da sua vida pessoal e mesmo da sua saúde, em prol da Associação Naval 1º de Maio, já para não dizer que deve ser o único, dos que lá estão, que realmente conhece o futebol e o futebol português concretamente.
Os jornalistas deviam ter terminado a entrevista (se é que ela não acabou logo que a expulsão aconteceu) e registado o facto como noticia, porque é noticia. Ficar "boquiaberto" e nada fazer - denunciar em local próprio o sucedido, seja as autorides, ao sindicato, a entidade reguladora - é pactuar com este genero de acontecimentos, infelizmente vulgar pelo pais fora. Algum de voces escreveu alguma coisa no jornal onde trabalha ou e historia so para blogs?
Correspondente de O Jogo expulso das instalações da Naval
Tiago Lemos, correspondente do jornal O Jogo, foi expulso, no último sábado, das instalações do clube de futebol Naval 1.º de Maio, actualmente a disputar a Liga Bwin, devido à crónica publicada no diário sobre o jogo Naval-Beira Mar, que não terá sido do agrado dos dirigentes da colectividade da Figueira da Foz.
Segundo refere a edição desta segunda-feira do jornal Público, o episódio aconteceu ao final da manhã de domingo, já depois do treino ter terminado, numa altura em que os jornalistas presentes ouviam o jogador Gilmar, junto à sala de imprensa, sobre a partida Naval-Beira Mar, que a equipa da casa vencera na véspera.
A certa altura, porém, surgiu o secretário técnico do clube da Figueira da Foz, João de Almeida, que explicou que a Naval não gostara da crónica sobre o desafio, da autoria do jornalista Rui Gomes, publicada nesse dia, em O Jogo.
Devido a este facto, João de Almeida convidou o representante do jornal a abandonar as instalações e a não publicar qualquer notícia sobre a formação figueirense, pedido a que, refere o Público, Tiago Lemos acedeu sem sobressaltos.
O Público afirma ainda que, apesar das tentativas em ouvir a posição dos responsáveis da Naval, tal não foi possível até ao fecho da edição de segunda-feira.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=9&id_news=245124
Ao anónimo ( e são tantos) que fez a seguinta afirmação: «Ficar "boquiaberto" e nada fazer - denunciar em local próprio o sucedido, seja as autorides, ao sindicato, a entidade reguladora - é pactuar com este genero de acontecimentos, infelizmente vulgar pelo pais fora».
Fique sabendo que tanto eu e o Aníbal José de Matos (nos respectivos blogues) e o Rogério Neves denunciamos a situação por e-mail para os nossos respectivos órgãos de comunicação social e para outros, a nível local e nacional.
A prova disso mesmo aparece hoje no jornal Público, na página 38, e na RDP. Outras páginas da "net" começam também a falar da situação, caso do Portugal Digital.
Um abraço
** correcção no comentário anterior: deve ler-se "Diário Digital" em vez de "Portugal Digital"
O defensor do Senhor João Almeida também deve comer do mesmo tacho. Das duas uma ou não conhece a personalidade ou não conhece o passado dele dentro da Naval, de onde já foi corrido por diversas vezes
Não acho que o problema esteja, ou seja, o sr. João. Para ele ter anunciado essa decisão outro "polvo" lhe teerá dado essa ordem. O sr. Almeida que, dizem alguns, fez a cama ao seu (dele) amigo Falcão, obedece a ordens, tal como os jornalistas da praça. O sr. Almeida a ordens do "patrão" Aprígio, os jornalistas a ordens dos editores, claro.
Logo, penso eu, o problema tem outros nomes!
Clube expulsa correspondente de "O Jogo"
O correspondente do jornal "O Jogo" na Figueira da Foz, Tiago Lemos, foi expulso, no último sábado, das instalações da Naval 1º de Maio. Em causa está uma crónica publicada, nesse mesmo dia, pelo diário desportivo, e assinada pelo jornalista Rui Gomes, sobre a partida da véspera, na qual a Naval defrontou e venceu o Beira-Mar, por 2-1, para a quinta jornada da liga.
A crónica desse desafio com a equipa do Beira-Mar não terá agradado aos dirigentes da colectividade da Figueira da Foz, que decidiram expulsar o correspondente do jornal das instalações desportivas do clube.
"Não lhe é permitido estar aqui, por decisão da Direcção, devido às coisas que o seu jornal escreveu hoje [sábado] sobre o jogo de ontem à noite. Portanto, terá que deixar as instalações e não pode publicar nada da informação que hoje aqui recolheu", ordenou João de Almeida, dirigente da Naval 1.º de Maio, ante a perplexidade de outros três jornalistas presentes.
"Senti-me, acima de tudo, surpreso, porque, no meio da relação difícil que a Naval 1.º de Maio tem com os jornalistas, nunca pensei que pudessem chegar a este ponto", disse, ao JN, Tiago Lemos, de 22 anos, indignado com a atitude dos dirigentes navalistas.
"(...)Pontapé para o ar e para a frente, passes errados em doses industriais e uma incapacidade notória das duas equipas em construírem acções com princípio, meio e fim fizeram com que se pensasse que se tratava de um jogo de casados contra solteiros. Divorciados só os espectadores que nem vontade tinham de fazer ouvir a sua voz (...)", foi a passagem da crónica, de Rui Gomes, que não terá agradado aos dirigentes navalistas.
http://jn.sapo.pt/2006/10/03/desporto/clube_expulsa_correspondente_o_jogo.html
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