Sílvia Mota
Nua de paz,
tenho aperto no peito
e a cor de carmim
no lábio mordido, sem beijo.
Quero falar com você
em forma de verso, canção,
na forma de amor ou paixão...
Quero a cadência do samba
nas veias
e o arroubo do tango
em meu sexo.
Tenho o bolero na alma,
gosto de valsa na boca
e samba-canção no silêncio tristonho
e saudoso
desta inspiração
marota,
teimosa,
briguenta,
sardenta,
queimada de sol,
salgada de mar
e no poro fechado,
ardendo,
tremendo,
arroxo no escuro da sala,
amasso no canto da vida
esse amor que não vem.
É madrugada...
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