A história dos portugueses We Figga começou a ser escrita há cerca de nove meses, quando Manuel Albuquerque (também conhecido como M.a.N.) decidiu fundar um grupo.
A banda da Figueira da Foz, constituída por Manuel "M.a.N" Albuquerque (voz/compositor/produtor), Rita "Dama Ritz" Nascimento (voz/piano) e pelo DJ André "M.Sir" Lourenço, aposta essencialmente no hip hop.
Todavia, a sua sonoridade pode não ser tão linear sendo difícil de rotular. "A raiz é hip hop mas o caule e as folhas são rock, pop e samba", explicou, ao JN, Manuel Albuquerque, de 18 anos.
Agora, depois de nove meses de gestação, a banda lança hoje (22 horas, na discoteca Vinyl Plaza, na Figueira da Foz) o seu primeiro álbum homónimo. Composto por 11 temas, destaca-se o single "Não Dá" e a remistura de "Figueira", tema original de Maria Clara.
"É um disco fresco e alegre. A primeira vez que se ouve estranha-se, mas depois a sonoridade entra no ouvido com facilidade", afirmou Rita Nascimento, de 16 anos, e a única do grupo com formação musical.
O colectivo, ecléctico, bebe de múltiplas fontes. Da Weasel, Sam the Kid, Expensive Soul, Beyoncé, Nelly Furtado e Timbaland, entre outros, fazem parte das preferências dos jovens músicos.
A simplicidade dos temas em conjunto com a harmonia transcendente, a mistura de um som forte com a melancolia que ressalta em várias músicas, acrescenta um clima próprio à banda.
As letras dos We Figga são "recheadas" de preocupações sociais. A linguagem preferencial é o português - "pelo facto de ser mais fácil para rimar" - mas a banda canta ainda em inglês e espanhol.
O disco, "gravado de uma forma muito caseira", é de edição de autor. "É difícil penetrar no mercado discográfico nacional. Esperamos vir a ter a atenção de alguma editora", afirmou André Lourenço, de 21 anos, o elemento mais velho da banda.
**texto: Jornal de Notícias
3 comentários:
O mundo está perdido
Força miúdos, dêem-lhe gás!
sera um projecto tão original assim? a ver vamos...
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