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Leiam o comentário ao jogo de hoje que se encontra no site do FCP. É para rir ...


"F.C. Porto-Benfica, 0-2
Noite infeliz

Noite infeliz no Dragão, com as intenções azuis e brancas a saírem goradas e os pontos a penderem para o lado que não cheirou o sucesso em mais de uma década de visitas ao F.C. Porto. O domínio, a vontade de entreter um estádio cheio e a iniciativa pertenceram à equipa de Co Adriaanse, mas a festa acabou por ser alheia, baseada em duas iniciativas avulsas.

Apesar de a partida colocar frente a frente o líder da Liga 2005/06 e o 8º classificado, um cartaz destes, com contornos de clássico e feições indefinidas, não permite projecções firmes e exercícios de adivinhação. O F.C. Porto, porém, assumiu-se como era previsível, de peito aberto e com o desígnio claro de vencer, somar três pontos e responder ao inesquecível apoio dos seus adeptos, que tudo fizeram para os encaminhar ao triunfo.

Os azuis e brancos pegaram no jogo e mantiveram o Benfica na expectativa, começando por criar perigo logo ao minuto 12, quando McCarthy ficou a milímetros de desviar um cruzamento de Jorginho. O infortúnio deste lance teve continuidade aos 21 minutos, quando Lisandro Lopez saiu precocemente da contenda, na sequência de uma carga duríssima de Karagounis.

O F.C. Porto abanou com a amputação de um dos seus principais argumentos atacantes. Lisandro estava a ser acutilante e dinâmico. Diego entrou bem, tentou furar com o seu jogo habilidoso, mas a verdade é que a lesão do avançado argentino fica cravada nos momentos decisivos do desafio.

À meia hora, ainda assim, como prova clara do maior pendor azul e branco, McCarthy esteve mais perto do que nunca de desfeitear Quim. O sul-africano fez o mais difícil, segurou a bola a dois metros da fatalidade, rodou para a baliza, mas acertou no corpo do guarda-redes contrário. O azar tinha continuidade.

Após o intervalo, o F.C. Porto virou-se ainda mais para o ataque, muito bem impulsionado por um Estádio do Dragão lotado e em chama, mas acabou derrotado por dois lances de contra-ataque avulsos. Essa, de resto, foi a estratégia favorecida pelo visitante durante a esmagadora maioria do tempo.

Sem virar a cara à luta, o F.C. Porto tentou estender-se com Quaresma e Hugo Almeida, empurrou o seu oponente para terrenos apertados, mas não logrou festejar um golo, um remate certeiro que seria justo e podia galvanizar a equipa para uma tentativa de recuperação. Jorginho teve tudo para estourar a tensão. Mas não foi feliz. A noite não foi feliz."