sábado, 29 de julho de 2006

# 1400. DAR O PRESUNTO À ESPERA DO PORCO…


Quem acredita que a CIMPOR “abriu mão” de 15 dos 80 hectares da sua propriedade, no Cabo Mondego, com vista permitir a sua classificação como monumento natural, sem receber nada em troca?!

Penso que a resposta à pergunta que atrás coloquei está nas declarações [para mais tarde recordar], ontem, de algumas personagens ligadas ao processo:

"Concerteza que aprovaria (um hotel) dentro de um projecto encomendado há anos pela Cimpor. Espero que um dia se possa fazer” – Duarte Silva, presidente da Câmara da Figueira da Foz.

"Nas áreas contíguas ao monumento natural não há obstáculo nenhum à edificação de um empreendimento turístico. Essas áreas respondem aos instrumentos de gestão territorial em vigor, como o PDM e a REN" - Humberto Rosa, secretário de Estado do Ambiente.

“A Cimpor não é um promotor imobiliário” - Jorge Salavessa Moura, presidente do Conselho de Administração da Cimpor, sem afastar a possibilidade de alienar, tal como no passado, fracções da propriedade a privados.

Seja qual for o destino ou projecto turístico implantados aqui à volta, o importante é que a faixa costeira está protegida. A proposta salvaguarda o essencial das falésias” - Helena Henriques, geóloga e investigadora da Universidade de Coimbra.


SERÁ PRECISO DIZER MAIS ALGUMA COISA?! PENSO QUE NÃO...
Como é que o Ministério do Ambiente chegou tão facilmente a uma solucção com a Cimpor?! Alguém acredita que não haverá contrapartidas?! Passarão elas pelo prolongamento da licença de exploração das pedreiras?! Por permitir a especulação imobiliária e a autorização para betonizar?! Por estender a exploração da Cimpor ao Vale da Anta?!

Porque circuitos pantanosos se move esta negociação?! O futuro o dirá...

1 comentário:

Anónimo disse...

Se os termos da negociação forem transparentes,se assegurarem o interesse público, não vejo problema na solução apontada.