António olhava repetidamente para o relógio mas os minutos demoravam a passar. Esperava por Isabella, uma jovem de 20 anos, natural de Roma, por quem se apaixonara. Alta, magra, olhos castanhos e cabelos compridos, a italiana conquistara o amor do jovem engenheiro, natural da Covilhã.
Isabella, filha de pais portugueses, mudara para a terra da indústria da lã, berço de descobridores de quinhentos, há pouco mais de um ano. A vida de seu pai, um industrial do sector têxtil, obrigara a jovem a regressar ao país de origem dos seus progenitores, outrora imigrados em Itália.
António estava impaciente. Detestava atrasos. Parecia nervoso.
Na mesa, a gastronomia regional deixava antever um jantar delicioso. Para entrada, António, um “bom vivan”, escolhera Xerovia, uma raiz que se cultiva nesta zona do país, podendo ser servido como entrada ou como acompanhamento de um prato de peixe. Como prato principal a escolha recaiu nas trutas recheadas com presunto. O vinho verde, geladinho, ajudaria a matar o calor de uma noite de verão…
Mas, inexplicavelmente, Isabella não chegava. Não era habitual atrasar-se… António tenta contacta-la por telemóvel. Estava desligado…
A ansiedade do engenheiro aumentava.
A dor de Isabella também… A jovem descobrira que António tinha uma amante!
2 comentários:
ola Paulo!
tens bons textos e boas imagens...
Coloquei seu endereço no meu blog, o visito com frequencia...
um abraço
e ate mais
Wander Luiz Alves amorim
Atão
chama ó Antóóónnniiiooo !
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