Serenata de Belisa
Federico García Lorca
Pelas margens do rio
Está-se a noite a molhar
Nos peitos de Lolita
Morrem de amor os ramos.
Morrem de amor os ramos!
A noite canta desnuda
Sobre as pontes de Março.
Belisa lava o seu corpo
Com água salobra e nardos.
Morrem de amor os ramos!
A noite de aniz e prata
Cintila pelos telhados.
Praias de córregos e espelhos
Aniz de tuas coxas brancas.
Morrem de amor os ramos!
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