terça-feira, 22 de maio de 2007

[ e vão três na A14...
e cinco em contexto extra-hospitalar ]

"Mais um nascimento na autoestrada A14

Uma criança nasceu, no dia 16, numa ambulância da Cruz Vermelha (CVP) de Maiorca, Figueira da Foz, ao quilómetro 33 da autoestrada A14, quando seguia de Queridas, freguesia de Ferreira-a-Nova, para uma maternidade de Coimbra. O parto foi assistido por uma equipa médica de uma viatura do INEM.

Este foi o terceiro nascimento em semelhantes circunstâncias, desde o encerramento do bloco de partos da maternidade da Figueira da Foz, e a quinta criança figueirense a nascer em contexto extra-hospitalar desde Novembro, altura em que o serviço fechou por determinação da tutela.


Ao que o JN apurou, uma jovem na casa dos 30 anos deu à luz uma menina. Os quilómetros entre Maiorca e a maternidade Daniel de Matos, em Coimbra, foram demasiado longos."Felizmente correu tudo bem", revelou, ao JN, fonte da CVP.

"Mais um argumento de peso para que se continue a lutar pela manutenção do bloco de partos da Figueira da Foz", disse Silvina Queirós, do movimento cívico "Nascer na Figueira"

in
Jornal de Notícias

17 comentários:

Unknown disse...

Foi certamente culpa da mamã! Jamais culpa da nossa política de proximidade e de melhoria da qualidade de vida, verdadeiro exemplo de sentir social!

Anónimo disse...

sr. ministro, exigimos a reabertura da maternidade da figueira da foz.

as pessoas não são números, são seres humanos.

repare o seu erro e volte a abrir o bloco de partos da Figueira da Foz.

Anónimo disse...

essa espécie de ministro da saúde lá sabe o custa dar à luz e o problema que causou a milhares de mulheres da figueira da foz e de todo o país? o sr correia de campos deveria, a meu ver, recuar das decisões que tomou , quanto às maternidades, e , de seguida, pedir a demissão.

Anónimo disse...

Mau!
Um parto numa ambulância da Cruz Vermelha????
E a criança ou a mãe não morreram????
Então os Bombeiros Voluntários não são os únicos com capacidade para fazer partos na sua "ambulância maternidade"????????
Ou a ambulância Senhora do Ó é uma ambulância como qualquer outra e trata-se apenas de uma manobra do Lídio para ganhar mais uns tustos para os seus bombeiros, tirando assim proveito de uma medida (encerramento do bloco de partos) que depois finge contestar, mas que até lhe dá jeito?????

Anónimo disse...

O sr. Ministro está tendo bastante sorte...Ele, toda a sua "Equipa"e também as mães que têm estado sujeitas a estas situações difíceis e perigosas. Mas a boa estrela não brilha sempre...Alerta!

Miguel Drummond de Castro disse...

é certamente pitoresco nascer na auto-estrada. Mais a mais com o espaço imenso que ocupam - 10% do território - passa a ser estatísticamente provável que seja inevitável nascer nalguma autoestrada.
Acrescida à redução drástica das maternidades é melhor dotar as bombas de gasolina das auto-estradas com fraldas, lactários, batistérios, secretarias de registo civil e sofás cómodos para avôs e mais família.

Anónimo disse...

Como figueirense só tenho uma coisa a dizer: isto é uma vergonha. Será que ninguém abre os olhos ao senhor ministro? Será preciso acontecer uma tragédia para que se entenda que foi um erro encerrar a maternidade? Quem assumirá as responsabilidades se algum dia a coisa correr mal?

Assina um figueirense triste com a situação

Anónimo disse...

Caro Paulo Dâmaso, deixo-lhe uma pergunta (e também aos comentadores deste espaço),

Antes do encerramento da maternidade da Figueira não nasciam crianças em ambulâncias ou carros particulares? Sim ou não?
Antes do fecho do serviço hospitalar, nasciam 1500 bebés na maternidade da Figueira como era determinação de uma directiva europeia?
Antes de encerrar a maternidade da Figueira estariam reunidas todas as condições de segurança para as grávidas e crianças no hospital distrital da Figueira da Foz?

Paulo Dâmaso disse...

Ao último anónimo,

bem, de facto não de deixou uma pergunta, antes trÊs (3).

Responde-lhe com outra pergunta (e sim, só uma mesmo):

Será que em algum dos cinco nascimento, registados em contexto extra-hospitalar, desde 4 de novembro de 2006, houve condições técnicas superiores àquelas que eram oferecidas na maternidade do Hospital Distrital da Figueira da Foz?

Cohiba_ disse...

Estão-se a esquecer de um pormenor: maternidade aberta para a maior parte dos nascimentos terem lugar na Bissaya Barreto ou numa clínica particular. Recorda-me outra questão: a dos que são contra o aborto, mas mandaram as filhas (ou amantes) a Espanha para o dito cujo.Sejamos realistas. Antes de a maternidade encerrar, muitos partos se faziam na estrada, algumas vezes por incúria das parturientes que aguardavam até à última, outras, como foi o caso de Buarcos,por parto prematuro. Esquecem-se, que por sermos uma cidade de "gente fina", muitos partos (talvez os suficientes para que a maternidade da Figueira não fosse encerrada) tiveram lugar em Coimbra. Como de costume pagam os que não podem, refilam os que, no caso de "parirem", iriam faze-lo na Bissaya Barreto ou numa clínica "mais chique". Termino com duas perguntas: quem de nós não conhece alguém que foi ter o filho a Coimbra tendo uma maternidade na Figueira? Porque?

Anónimo disse...

Interessa-me saber se o tempo de trajecto entre as Queridas e o Km do parto (33, não é?) difere do tempo de trajecto entre as Queridas e o HDFF ... para demonstrar que o parto na ambulância ocorreria ainda que o bloco de partos estivesse em funcionamento!
Para os indefectíveis do bloco de partos no HDFF ... já pensaram na quantidade de crianças que entretanto nasceram em condições de segurança e qualidade que de modo nenhum teriam na maternidade do HDFF? O que é que se defende afinal? Têm a noção das condições em que se nascia no HDFF?
Se a defesa da manutenção/reabertura do bloco de partos tiver na origem o bairrismo, figueirismo ou outro ismo semelhante, contem comigo! Se assim não for, mas antes um combate pela qualidade do nascimento e segurança do acto médico, então informem-se, reflictam e metam a viola no saco!

Anónimo disse...

Vou também fazer algumas questões e faço questão de dizer o que ouvi uma enfermeira dizer numa maternidade de coimbra, eu que sou da Figueira..., passo a citar: (...)sim, a dilatação está ainda no início, só tem um dedo, o bebé está em boa posição e já pode nascer (...), mas ainda tem tempo e aqui, agora, não temos camas (...) vá para casa e quando sentir dores mais fortes venha cá(...)tenha calma porque é mesmo assim(...)vá descansar e não caminhe muito(...)
Questão 1: se o bébé já pode nascer, ele avisa com tempo suficiente para percorrer 40 kilometros???
Questão 2: o bebé e a mamã têm que marcar hora para ocupação de cama???
Questão 3: foi a primeira vez que ouvi dizerem para uma grávida caminhar pouco, antes pelo contrário, caminhar não ajuda a fazer a dilatação??? (solicito a resposta de preferência de um obstetra)
Questão 4: afinal onde estão as tão faladas condicões, nas maternidades de coimbra, que na da figueira não existissem???
Questão 5: não estarão super-lotadas as maternidades de coimbra???, sim, se se fala em 1500 nascimentos no mínimo para poder funcionar, penso que deva existir também um número máximo, apartir do qual deixe de ser possível o atendimento, quer em termos de segurança, quer em termos de capacidade de resposta...!!!
Questão 6: alguém me desfaz estas dúvidas???

marina serra

Anónimo disse...

Tenho dois filhos que nasceram em Coimbra, e se voltar a ter necessidade de utilizar uma maternidade será a Coimbra que recorrerei, mesmo que reabram a maternidade do HDFF. Sinto-me mais segura.
Nunca recorri a ambulâncias fui sempre com o meu marido.
Porque será?
De realçar que sou uma pessoa simples que um dia ouviu de uma médica figueirense "o meu neto só nasce na FF se o Dr. x estiver de serviço pois não confio na maior parte dos médicos"

Cohiba_ disse...

Vendo o último comentário, só me apetece dizer: neste caso, é triste ter-se razão. Já agora o(a) senhor(a) sabe a taxa de mortalidade na antiga maternidade da Figueira? Não sabe? Pois... Sabe qual a taxa em Coimbra? Não sabe? Pois... Aviou (na sua expressão) mais uma receita médica com medicamentos de marca. Olhe que os genéricos são da mesma qualidade e mais baratos. Eu nasci na velhinha casa da mãe (como muitos outros) sem as condições que a maternidade da Figueira oferecia hoje em dia. Poucos (ou nenhuns) lá morreram. Outros tempos. Já agora: se a dita cuja médica lhe disser que o Hospital da Figueira não tem condições e é melhor observá-la na sua clínica particular, também vai? Ou também se dirige a alguma clínica particular de Coimbra aconselhada pela dita? A razão da maternidade da Figueira ter encerrado deve-se, como referi em comentário anterior exclusivamente aos partos que, de livre vontade. eram efectuados em Coimbra. Se todos os partos da área da Maternidade da Figueira ali fossem feitos, podem ter a certeza que recolhia os requisitos mínimos para se manter aberta. Daí, como referi, pagam os que não podem. Ou os que não queriam...

Anónimo disse...

O meu rebento nasceu em Coimbra (por opção de qualidade "a priori") sem influencia de snobismo de qualquer espécie (até porque eu tinha nascido em casa, na cama da minha mãe e com a minha futura madrinha a servir de parteira) pelo que esse argumento do "chique" me parece deslocado e mais não é do que apoucar as referências pouco abonatórias que eram atribuídas à maternidade do HDFF. Isto é: independentemente de outras motivações que porventura existissem, a mais eficaz era sem dúvida a qualidade e segurança do parto em Coimbra. Sem põr em causa opiniões ou factos apresentados por outros comentaristas, não me parece que cerca de 300 partos por ano (menos de 1 por dia em média), que era a "produção" anual do HDFF, afectem a capacidade das maternidades bem apetrechadas de Coimbra.

Anónimo disse...

300 partos por ano??? Há ai qualquer coisa de errado, eu ouvi falar numa média anual de 700

Anónimo disse...

Não eram 700! Essa foi mais uma patranha que enfiaram aos figueirenses. O nº não ultrapassava muito os 300 e há já alguns anos que um número significativo de crianças figueirenses, cerca de 30%, nascia em maternidades fora da Figueira.