Os bebés da Figueira teimam em não nascer nas maternidade de Coimbra. Hoje, pela manhã mais um menino nasceu - numa garagem em Buarcos - mesmo antes da ambulância ter chegado ao local.
É o quarto episódio a registar desde o encerramento da maternidade, em Novembro, por determinação da tutela.
Será que, tal como no caso dos dois pescadores que morreram no rio mondego, só quando acontecer alguma tragédia é que alguém fará alguma coisa?!
10 comentários:
Deve ser coincidência... não seria pelo facto de que quando existia maternidade na Figueira da Foz as mães se sentirem mais à vontade para, perante qualquer susto ou aviso, acorrerem ao hospital, mesmo que afinal ainda não fosse o parto e por isso voltassem para casa! Deviam convidar o ministro para padrinho destes bebés todos!
A única verdade é que este governo só lá continua enquanto o povinho quiser. Certamente não será preciso aguarrás para o tirar de lá.
Este ministro e este governo sairão nem que seja a pontapé e murro!!!
O que vale é que ainda não nasceu o conceiro de "parto ilegal". Qualquer dia ainda vai ser proibido uma mãe dar à luz fora de uma maternidade. Isso tornar-se-ia uma nova (e bastante rentável) fonte de receita para o Estado.
Ao último anónimo,
Para quê tanta violência?! A democracia permite-nos escolher, nas urnas, quem lá queremos, ou não.
Murro e pontapé? Isso parece mais comportamento de jogador belga de futebol! ;)
... existe alguma tomada de posição da parte do nosso município?!, já reagiram, ou pelo menos tentaram, junto de quem de direito?!, ou não faz parte das competências que lhes são incumbidas, reagir por nós - figueirenses e não figueirinhas (como incultos teimam em nos chamar)?!
marina serra
Desculpem meter-me na conversa. As minhas dúvidas poderão não ser muito agradáveis para os Figueirenses, mas não consigo perceber porque é que não ouço falar em partos na berma da estrada de mulheres de Seia, de Castanheira de Pera, de Tábua, etc. Localidades que ficam muito mais distantes de Coimbra que a Figueira e com muito piores estradas. Por outro lado, a mulher que teve o parto na garagem não chegaria a tempo a maternidade nenhuma, mesmo que fosse ao pé da sua porta. Eu percebo que os Figueirenses estejam recentidos por a sua maternidade ter sido fechada. E os Barcelences e os Elvenses e os outros todos. Mas, por favor, usem argumentos sólidos, não estes choradinhos que podem ficar bem no programa do Goucha mas que parecem pouco inteligentes e não rebatem razões do Ministro e da tal comissão. Havia ou não na Figueira 1500 partos por ano? Mais uma vez, vos apresento as minhas desculpas por não estar de acordo convosco, mas estas dúvidas são mesmo reais. Obrigado.
Joaquim Vilaça - Coimbra
Foi impressão minha ou lembro-me de há uns anos haver um slogan "os portugueses não são números"??? Parece que de um tal Engenheiro (este sim) Guterres! Que por acaso tinha um tal Sócrates (o tal Engenheiro que nunca foi) no Governo, a que, também por acaso, pertenceu o Campos. Mas para reduzir o défice é mais facil eliminar hospitais, para se poder pagar indemnizações milionárias a gestores. E ainda se dizem de esquerda ("moderna" ou não). Se eu fosse de esquerda, demitia-os.
João, nascido numa garagem
Visto de Lisboa e projectado a calculadora, regra e esquadro, Portugal é um problema fácil. Fecham-se maternidades, urgências, escolas. Tudo perfeito.
No aconchego dos gabinetes, 25 km são sempre uma linha recta. O problema são as pessoas. O coração que falha em Odemira, os miúdos que enjoam diariamente na curva e contracurva até à escola e os partos que, por caprichos da lua, acontecem de súbito.
Só na Figueira da Foz, no último mês, três bebés vieram ao mundo entre ambulâncias e garagens.
Ontem, foi a vez do João, que quando o INEM chegou já berrava a plenos pulmões.
Felizmente para o Governo, nascer é antónimo de morrer. Mas convém não exagerar. Este País derrapa nas curvas do desenvolvimento.
Octávio Ribeiro
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?idCanal=93&id=236584
Caro Paulo Dâmaso, venho por este meio informar que fiz uma citação ao seu blogue no Vaga Aberta, a respeito deste post acerca do encerramento de maternidades. Aqui há uns dias enviei-lhe um mail ao qual não me deu resposta. Agradecia que, caso fosse possível, isso acontecesse, ou então que houvesse outra forma de entrarmos em contacto. Muito obrigado e boas postagens! PFM
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