Por muito tempo achei que a ausência é falta
Carlos Drummond de Andrade
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
1 comentário:
Deitado ali
Pude ver você se aproximar
Como quem não quer nada
Apenas a me observar...
Deitado ali
Vi você chegar mais perto
Que queria ir muito além de
Um simples Olhar...
Meus olhos foram ao seu encontro;
Minha boca pôde encontrar a sua;
Como dois imãs, que se tocam,
Se completam, sem vontade de se separarem...
No impulso do Amor, do Calor,
Dos corpos que a cada toque...
Se conhecem mais...
Aquele Sofá...
Que nos acolheu
Nos acariciando
A cada toque nosso
Meu Mundo
Meu Tudo e...
Meu Nada...
Ele que devolveu meu prazer...
Enviar um comentário