sexta-feira, 2 de novembro de 2007
"Corrupção", o filme.
Making Of do filme Corrupção - Utopia Filmes
Tal com uma boa parte dos portugas, aproveitei o feriado de ontem para ir ao cinema. Fui, claro está, à estreia de “Corrupção”, inspirado no livro de Carolina Salgado, ex-companheira de Pinto da Costa, presidente do FCP.
Como normalmente o filme, polémico, que João Botelho realizou (e não assinou), recolheu opiniões antagónicas. Uns gostaram, outros não!
Eu, sinceramente, gostei. Aliás, o cinema português está de parabéns. De há uns tempos a esta parte a qualidade do cinema feito “made in Portugal” está muito boa.
Foi, de facto, curiosa a romaria à sessão das 21h40, ontem, aos cinemas Lusomundo, na Figueira da Foz. Avós, pais e filhos. Ninguém faltou. Sala lotada. E, ao que consegui saber, as restantes sessões do dia também registaram boa casa.
Futebol atrai massas já se sabe. Uma boa polémica também. Um filme com cenas “picantes” ainda mais. Resultado: até pessoas que há muito não iam ao cinema voltaram a ir a uma sala de cinema. Atentem ao comentário, verídico, entre dois casais, na casa dos 50, na fila 4. Eu estava, em baixo, na 3.
“Já não vinha ao cinema, sei lá, há uns 20 anos, ainda era solteiro! Gosto de filmes pornográficos nas a minha mulher não gosta!”, disparou um dos machos.
Como falou baixinho a risada foi geral! Pois!
Adiante. Gostei do filme apesar da polémica com o seu realizador, João Botelho, que retirou a sua assinatura, considerando que a montagem do produtor, Alexandre Valente, altera o seu projecto.
Mas, este filme vem sobretudo demonstrar que, afinal, o crime e a corrupção, compensam neste país, que os prevaricadores gozam de impunidade, que a verdade desportiva é coisa que não existe e, por fim, a relação de promiscuidade entre a Justiça, o Poder Político, o submundo do desporto e a imprensa... Coincidências? Não. Eu acredito no conteúdo do livro que deu origem a este filme e, acreditem, a realidade será muito pior...
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1 comentário:
se as pessoas sérias e honestas não ficassem tanto no conforto do sofá e saissem para a política e o dirigismo desportivo ....mas não saem, e deixam a coisa pública ao alcance de alguns menos sérios e honestos !
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