sexta-feira, 18 de maio de 2007

[ Os dados estão lançados ]

" Nem no 13 de Maio as contas do título viram a luz, irmãos. Apesar da fé de muitos, nada de especial aconteceu neste dia.

Bom, pudemos ver o FC Porto de joelhos (a perder em Paços) e ver as suas preces atendidas depois (golo de Adriano), mas atribuir a graça a uma virgem é estultícia: todos sabemos que é com putas que os portistas se safam, não é com virgens.

Continuando a desmistificar crendices populares, desenganem-se aqueles que pensam que «Santos da casa não fazem milagres». Temos informações em contrário. É verdade, o Mestre Alves fez-nos chegar a sua mais recente previsão, a primeira desde que lhe foi implantado um clone do neurónio de Jaime Pacheco. Depois de devidamente descodificada a mensagem, podemos anunciar em primeira mão o seguinte:

O aflito Desp. Aves, a precisar de pontuar para se manter no escalão maior, vai ao Dragão com a cassete do Atlético e do Estrela da Amadora sabida de trás para a frente.
O Sporting chegará ao 1-0 muito cedo e atingirá o intervalo em vantagem sobre o Belenenses.
Na Luz, o Benfica vai falhando oportunidades atrás de oportunidades.

No Dragão, Jesualdo aproveita o intervalo para mudar de calças: está todo cagado com a possibilidade de perder o 1.º lugar em casa na última jornada. Não fora nada disso que lhe prometeram quando vendeu a alma ao Diabo. Como o Aves não sai do seu meio-campo, JF faz duas substituições de risco que pretendem mostrar aos sócios (inquietos com o relato de Alvalade) que está a dar tudo por tudo.

Em Alvalade, os leões fazem a festa, marcando o 2-0.
O Benfica vai confirmando a sua desinspiração, falhando todas as oportunidades que vai conseguindo criar.

Os ecos do 2.º golo do Sporting fazem estragos no Dragão: a descompensada equipa de Jesualdo permite que o Aves faça pela vida num contra-ataque letal – 0-1 para os visitantes.
Na Luz, os adeptos esquecem os lenços brancos que alguns já mostravam e puxam todos pela equipa, que intensifica o seu caudal ofensivo.

Paulo Bento começa a alterar a formação que estava a dominar o Belém, metendo unidades defensivas para segurar um resultado que lhe dá o título. O Belenenses, com aspirações ao 4.º lugar, aproveita para reduzir a diferença.

Na Luz festeja-se o golo do Belenenses, e logo a seguir festeja-se um golo prontamente anulado por pretenso fora-de-jogo.

Falta pouco tempo para terminarem as partidas. O FC Porto não consegue rebocar o autocarro do Aves, o Belenenses acredita que pode conseguir mais qualquer coisa, os jogadores leoninos começam a atirar bolas para fora e a cair muitas vezes no relvado, demorando algum tempo a recuperar.

Estamos a cinco minutos do final quando na Luz se festeja mais um golo marcado noutro sítio: o Belenenses chega ao empate em Alvalade, castigando a cautela de Paulo Bento.
No Porto, a equipa da casa, que jogava em vantagem numérica desde há alguns minutos, beneficia de uma grande penalidade duvidosa. O guarda-redes do Aves, que estudou bem as cassetes, sabe que Lucho vai atirar para o lado esquerdo da baliza e sustém o remate que destroça por completo o ânimo azul e branco.

O primeiro jogo a terminar é o 2-2 de Alvalade. As mulheres festejam o título, e os homens seguram o transístor com uma mão e os tomates com a outra.

No período de descontos, Quim aproveita um canto para subir à área da Académica e marcar um golo com o joelho. É a puta da loucura no Estádio da Luz. O jogo termina com toda a gente a correr para o rádio de Rodolfo Moura, que tem já metade do banco agarrado a um auricular, e a outa metade ao outro.

Em Alvalade toda a gente chora, menos as louras que ainda não perceberam que não tinha servido de nada o golo do Aves, porque o Benfica ganhou à Académica. Soares Franco repete vezes sem conta a estrutura frásica «Não é possível que tenha acontecido o que aquele estúpido blog disse que ia acontecer».

Passam 15 minutos da hora quando finalmente o árbitro dá por terminado o jogo que garante a permanência do Aves na primeira divisão.

Ó Mestre Alves, não me lixes, pá! Isto não mete efeitos especiais como divindades em cima de azinheiras ou o mar dividido em dois para uma caravana em fuga passar, isto é perfeitamente possível de acontecer, como é que queres que as pessoas acreditem nisto? Vidente da treta
!"

[ recebido por e-mail ]

2 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Vais longe com a moderação!!!!! mas isto tem algum interesse? deixa-te de mer**s!